A tecnologia está evoluindo de maneira cada vez mais rápida, criando novos mercados e exigindo que os colaboradores das empresas cultivem um mindset de inovação para acompanhar essas transformações. Foi o que afirmou Pedro Leal Noce, CIO do Itaú, durante sua participação no iUP Talks, evento que promove trocas sobre tecnologia e inovação entre líderes de diversas empresas. O encontro foi organizado pelo iUP, Hub de inovação do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), no dia 29 de novembro.
“Olhando para o mercado de Fintechs, no final do século XIX e início do século XX, levava-se 100 anos para se ter um avanço tecnológico. De 1967 a 2008, foram 40 anos para se ter uma nova tecnologia aplicada. A partir de 2008, a coisa fugiu do controle, começa o famoso crescimento exponencial e mudanças acontecendo muito rapidamente na área de tecnologia”, explicou Noce.
Segundo ele, o grande desafio que as empresas têm hoje é sensibilizar os times para essas rápidas mudanças e a pensar fora da caixa. Noce disse que uma forma de fazer isso é trazer tecnologia para todos os setores da empresa e fazer cada vez mais investimentos nessa área.
“As empresas precisam entender que tecnologia, seja para o cliente final, seja para processos internos, é o que vai fazer a diferença. É um conjunto de ações que vai dar força a essa agenda. E você precisa realizar escolhas, mas precisa trazer esse mindset de tecnologia de forma mais ampla porque essa corrente acaba incentivando a ter acesso a novas ideias e novas tecnologias”.
O CIO do Itaú afirmou ainda que as empresas não devem se limitar aos recursos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I), mas investir cada vez mais em hubs de inovação aberta. O iUP foi criado em abril deste ano com o objetivo de criar um ecossistema de tecnologia do setor de energia.
“O legal dessa ideia de hub, de ecossistema de inovação aberta, é você conectar várias soluções para pilotar uma operação. As startups têm isso na veia, elas se juntam e compõem soluções mais modernas”.
Além dos hubs, a criação de um spin off de uma empresa para testar novas tecnologias foi uma das possibilidades apresentadas por Pedro Noce. Ele afirmou que, nessa área de inovação, não se consegue testar um novo produto ou solução com 100% de assertividade e, portanto, criar uma empresa para esse propósito dá mais segurança e liberdade.
“Não existe uma única solução, existe um cardápio de soluções e você avalia qual melhor se adequa ao seu cenário. Mas as empresas não devem esquecer de implementar tecnologia nas coisas mais básicas, nos processos mais simples. A soma de todos esses fatores que acaba fazendo a roda girar”, concluiu.