Avanço da tecnologia no tratamento do gás pode reduzir investimentos

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ATUALIZADO EM outubro 2019

Tecnologias inovadoras são regra na indústria de petróleo e gás natural no Brasil e no mundo. Uma das áreas que recebe especial atenção envolve o aproveitamento e o grau de pureza do gás. O insumo extraído precisa passar por um cuidadoso tratamento antes de chegar ao consumidor final. E as companhias do setor de óleo e gás aprimoram continuamente seus processos para garantir um combustível com qualidade e bom preço.

A anglo-holandesa Shell é uma delas. A empresa tem investido em um equipamento de centrifugação para a limpeza do gás chamado Turbo Trays. O tecnólogo sênior da Shell Global Solutions, Jim Critchfield, explica que, quando aplicada a novos projetos, a solução pode reduzir em até 50% os investimentos. Já em projetos existentes, o produto é capaz de ampliar em 80% a capacidade de produção do combustível final.

O Turbo Trays atua na absorção dos contaminantes do gás natural em uma coluna centrífuga de alta velocidade. Os solventes fazem a separação entre o gás l e o dióxido de carbono (CO2). No topo da centrífuga, tubos circulares separam gases e líquidos, permitindo que o solvente retorne à bandeja localizada no interior do equipamento.

Com essa operação, o equipamento, além de ampliar a produção, também consegue fazer um melhor gerenciamento dos níveis de CO2 em empreendimentos existentes. Em projetos novos, o Turbo Trays utiliza uma coluna centrífuga menor, o que facilita sua adaptação em plataformas de produção offshore, por exemplo.

Gerenciamento dos contaminantes do gás natural

Critchfield afirma que atualmente muitos avanços tecnológicos têm velocidade de absorção menor e não conseguem fazer uma separação adequada do gás, do CO2 e dos solventes. Isso acaba afetando o gerenciamento adequado dos níveis de contaminantes. Há ainda limitações quanto a capacidade hidráulica e transferência de massa.

De acordo com o engenheiro, a nova solução pode ser aplicada no processamento do gás natural em larga escala. E seu uso é amplo, indo desde o upstream e o downstream e chegando ao segmento de biogás, entre outros.

*Essa matéria foi produzida durante a Rio Oil & Gas 2018