Bacia de Solimões: o desafio de produzir no coração da Amazônia

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ATUALIZADO EM outubro 2021

Terceira maior bacia sedimentar no Brasil em volume de produção, Solimões abriga a maior reserva provada terrestre de petróleo e gás natural do Brasil. Hoje, entre os 30 poços de petróleo e gás em terra com maior produção, 20 estão lá (ANP/abril/21).

 É nesta bacia que está localizada a província petrolífera de Urucu, marco na atividade exploratória na região Amazônica. A região está próxima ao rio de mesmo nome, no município de Coari, a 650 km da capital Manaus.

Em abril de 2021, Urucu produziu 111 mil barris de petróleo equivalente/dia, em seis campos. A partir dessa produção são extraídos os produtos gás natural, petróleo e GLP (gás liquefeito de petróleo ou gás de cozinha). A produção de gás natural é levada até o mercado por meio do gasoduto Urucu-Coari-Manaus, com 663 km de extensão e em operação desde 2009. Há também um oleoduto que faz o escoamento do petróleo e um GLPduto que escoa o GLP produzido.

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Antes da instalação dessa infraestrutura de transporte, a produção chegava até Manaus por meio de balsas que navegavam pelos rios Urucu e Solimões.

De acordo com a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), os primeiros esforços exploratórios no Solimões tiveram início no começo do século, em 1907, através do Serviço Geológico.

Até a década de 60, um poço havia sido perfurado. A partir dos anos 70, o início de uma campanha mais sistemática de levantamento sísmicos resultou na descoberta de gás natural no trend de Juruá, em 1978; e em 1986, na descoberta de óleo no trend do rio Urucu. Foi o primeiro campo de hidrocarboneto líquido em uma profundidade média de 2.650 metros. Localizada na região Norte, a Bacia do Solimões tem uma área de 600 mil quilômetros quadrados. Produz óleo, gás natural e GLP (Gás Liquefeito de Petróleo).