Tecnologias inovadoras para reduzir custos de sistemas submarinos e FPSOs

Tecnologia
ATUALIZADO EM outubro 2019

Quase 90% da produção de petróleo e gás natural no Brasil são realizados por plataformas do tipo Floating, Production, Storage and Offloading (FPSO) e sistemas subsea como manifolds e árvores de natal. Até 2022, está planejada a entrada em operação de mais 24 FPSOs no litoral brasileiro. O que comprova que são instalações cruciais para o crescimento da produção nacional, sobretudo com o desenvolvimento exponencial do pré-sal.

Esses equipamentos são ativos físicos que demandam monitoramento e manutenções preventivas frequentes para que a extração de petróleo e gás não seja prejudicada. E uma das maneiras que a indústria vem buscando para obter mais eficiência operacional desses sistemas é agregar tecnologias inovadoras para reduzir custos e aumentar a confiabilidade de máquinas e processos.

Alguns avanços tecnológicos disponíveis já estão sendo utilizados para isso, como o gerenciamento digital dos campos offshore e o monitoramento de equipamentos e manutenção preditiva com operação remota, sem presença humana. Além do data analytics para otimizar operações de perfuração, drones de inspeção submarina são outras ferramentas usadas para aumentar a produtividade, aliando menos riscos e custos.

Operação remota num piscar de olhos

A maior ambição projetada pelos especialistas do setor de óleo e gás é concretizar o projeto de instalações operadas remotamente, como experiências que estão sendo testadas no Mar do Norte, na Noruega. Ter uma plataforma offshore totalmente autônoma ou com um contingente mínimo de profissionais na unidade é uma meta que vem sendo perseguida por muitas empresas. Alguns atores envolvidos neste processo de avanços tecnológicos vislumbram FPSOs não tripulados em um horizonte de pelo menos cinco anos. Parece muito tempo, mas, na indústria do petróleo, é um piscar de olhos.

Para que isso seja possível, porém, é preciso que o setor mergulhe de cabeça no universo da tecnologia digital. Isto significa adotar sistemas, softwares com inteligência artificial, mas, sobretudo, incorporar uma mudança de cultura nas equipes para que os processos transcorram com o DNA digital desde o início.

Neste cenário, será necessário mudar o perfil dos profissionais, permitindo que eles se adaptem às novas exigências e tecnologias inovadoras que já começam a transformar o modo como alguns projetos são conduzidos. Ferramentas e conceitos como digital twin, machine learning, data analytics, computação em nuvem e internet das coisas (IoT), entre outras inovações tecnológicas em desenvolvimento, aceleram o andamento de projetos e fornecem soluções inovadoras, proporcionando mais eficiência.

*Essa matéria foi produzida durante a Rio Oil & Gas 2018